Petrobras pode trazer lucro recorde, puxado pelo preço do barril

21 fevereiro 2022


Alavancada pela valorização do petróleo, a Petrobras deve divulgar na quarta-feira, após o fechamento do mercado, um balanço financeiro robusto, relativo ao quarto trimestre do ano passado, segundo analistas. A expectativa é que, mesmo com a queda de 2,8% na produção de óleo e gás em 2021, a empresa feche o ano com lucro anual recorde – o que abre espaço para que ela volte a pagar mais dividendos aos acionistas.

Até então, o melhor resultado anual registrado pela companhia ocorreu em 2019, quando a estatal fechou o ano com lucro de R$ 40,137 bilhões. A petroleira acumula lucro líquido de R$ 75,16 bilhões nos nove primeiros meses de 2021 e caminha para atingir uma nova marca histórica.

O ano de 2021 marca uma virada de página no processo de reestruturação financeira da Petrobras. Foi no ano passado que a companhia atingiu, antecipadamente, a meta de redução do endividamento bruto, para menos de US$ 60 bilhões. A conquista foi possível, sobretudo, pela forte geração de caixa da petroleira – cenário que deve se repetir nos resultados do quarto trimestre. O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep) estima, por exemplo, que o fluxo de caixa livre da companhia deve somar R$ 45,6 bilhões no quarto trimestre.

As projeções de analistas indicam que a Petrobras deve apresentar, novamente, indicadores financeiros sólidos. De acordo com a média das projeções dos quatro bancos consultados pelo Valor (BTG, Credit Suisse, Goldman Sachs e UBS BB), a petroleira deve reportar Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 69,8 bilhões relativo ao período entre outubro e dezembro. O montante é 48,3% maior que o apurado em igual período de 2020 e 14,9% superior ao do terceiro trimestre de 2021.

Na avaliação do Goldman Sachs, o barril mais caro deve ser o principal impulsionador do segmento de exploração e produção, o carro-chefe da companhia. A previsão do banco é que o Ebitda do E&P cresça 10%, em dólares, na comparação com o terceiro trimestre, mesmo diante da redução de 3,9% na produção total de óleo e gás da estatal na mesma base comparativa. O barril do tipo Brent foi cotado, em média, a US$ 79 entre outubro e dezembro de 2021. Para efeitos de comparação, em igual período de 2020 a commodity foi negociada, em média, a US$ 44,2 o barril, enquanto, no terceiro trimestre do ano passado ficou em US$ 73,5.

Já as receitas da estatal devem somar cerca de R$ 129 bilhões no quarto trimestre, alta de 72,1% na comparação anual e de 6,1% frente ao terceiro trimestre.

A previsão é que a Petrobras volte a registrar lucro líquido expressivo no quarto trimestre, da ordem de R$ 25,8 bilhões, segundo a média das projeções dos bancos. Esse número pode ser substancialmente maior, segundo o Ineep, se a petroleira fizer uma nova reversão de baixas contábeis por perda no valor de ativos e investimentos (“impairments”), como ela fez no terceiro trimestre de 2021, por causa da valorização do petróleo.Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico

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